Decisão sobre pedido de dispensa dos canais obrigatórios sai essa semana

A nova Lei da TV por assinatura bizarramente foi concebida no ano passado prevendo que as operadoras de TV deveriam carregar o sinal de todas as geradoras das principais emissoras de TV aberta no país.

Hoje são cerca de 514 geradoras. Nenhuma operadora tem hoje capacidade para carregar mais de 200 canais em seu satélite. A maioria carrega mais de 180... 

Pois bem, como deputados, senadores e ministros pouco entendem de TV (ou de alguma coisa na vida), trouxeram exceções à lei. As operadoras podem optar simplesmente por não carregar nenhuma das 514 geradoras. Qual a consequência disso? Não poderiam carregar NENHUM dos canais daquela emissora, o que significaria não oferecer nem a Globo e nem o SBT no satélite (por exemplo).

O pedido de dispensa da obrigatoriedade de carregar os 514 canais feito pela SKY e pela OI TV (pois é, parece que a Claro TV apenas aguarda o parecer, sem ter questionado nada), será decidido durante essa semana. Porém a resposta já foi adiantada: todas as operadoras DTH serão dispensadas de carregar os canais citados.  A consequência disso? A negociação será feita da mesma maneira como era antes: local-into-local. Terá a Globo ou o SBT apenas a cidade que a geradora estiver carregada, como já existe hoje. 

A solução proposta

A pressão institucional dentro da Anatel era grande no sentindo de manter a obrigatoriedade. Porém perdeu força quando a Rede Globo interviu. Com um grande peso dentro do órgão  conseguiu convencer da impossibilidade de executar o plano original: deixar as geradoras já presentes nos satélites como estão e liberar o sinal principal do canal para todo o Brasil.

As outras operadoras

Especula-se que a Record, Band e outras operadoras pretendem tentar intervir junto a Anatel para reverter a provável decisão, garantindo o mesmo tratamento para ambas. Aqui valerá o peso das emissoras junto ao orgão, mas ao que tudo indica, ao menos na questão da liberação da Globo e do SBT para todas as praças, é que NADA SERÁ ALTERADO. Cada operadora ficará a cargo da opção de disponibilizar ou não o sinal da geradora que bem entender.